domingo, 17 de julho de 2011

O Efeito Chuva


(A chuva sempre me lembrará você!)

Os pingos de chuva caem lá fora
“Plic-plocs” aos poucos possuem meus ouvidos
Tornando o ambiente mórbido e frio
Inundado por lembranças tão vivas aqui
Teu sincero sorriso que um dia eu vi     
Fixamente teus olhos em mim
Deixavam-me sem jeito, sem saída
A procurar respostas para o que você via
Questionamento fútil, de nada adiantaria
Passando a te olhar você me dizia
Que a resposta era sentir.
                                                                                                                                                                     
Os pingos de chuva caem lá fora
“Plic-plocs” aos poucos possuem meus ouvidos
Tornando o ambiente mórbido e frio
Como se cada gota fosse uma palavra tua
Sinto ainda tua imensa doçura
Naquela tarde em que me fazia tão tua
Leve mão em minha face a deslizar
Nossos corpos que ali marcaram se encontrar
Estavam postos a se beijar
Somente uma coisa há até hoje a se lamentar
Não nos encontrarmos antes por ali .

Os pingos de chuva caem lá fora
“Plic-plocs” aos poucos possuem meus ouvidos
Tornando o ambiente mórbido e frio
Trazendo-me você que tanto a aprecia
Tua pele clara, tua pele macia
Lindos olhos verdes que nas lentes escondia
No silencio penetrante me fazia bem
E até onde isso me convém?
Este feitiço que me detém
O tempo inimigo, porém
Fez me afastar de ti.

Os pingos de chuva caem lá fora
“Plic-plocs” aos poucos possuem meus ouvidos
Tornando o ambiente mórbido e frio
Agora mais forte e intensamente
Olhando tua foto, impregnando-me você a mente
Que mesmo na distância, sempre se faz presente
Impulsionando-me a seguir e não desistir jamais
Querendo ou não, em tanto somos iguais
Conforta-me até mesmo em minhas coisas mais banais
Dar-nos-íamos tão bem, certo até demais,
Como dois e dois são cinco.

Os pingos de chuva caem lá fora
“Plic-plocs” aos poucos possuem meus ouvidos
Tornando o ambiente mórbido e frio
Por mim, poderia chover o quanto quisesse por lá
Contanto que você estivesse aqui dentro para que eu pudesse lhe falar
Que a vida é sempre mais linda, quando você está
Não é uma tarefa fácil achar palavras para lhe descrever
Sem previsibilidade, é assim que deve ser
Nas mais belas palavras é que encontro você
Pois és minha eterna Bella mais bela
Já não há o que discutir.

Enfim, os pingos de chuva continuam caindo lá fora
Os “Plic-plocs” já possuem meus ouvidos
Tornaram o ambiente mórbido e frio
 E por mim, poderia chover o quanto quisesse por lá.
Contanto que você estivesse aqui dentro, comigo,
E então tudo estaria bem...

** Dedicado à dona de toda inspiração, Isabella de Freitas!
 Obrigada por existir,
Obrigada por ser pra mim,
 tão importante quanto se faz! Sz’
- 17/ 07 / 2011  -  15:18

domingo, 3 de julho de 2011

Antes tarde do que nunca...Seguir!


Tive uma longa caminhada até aqui, mas ultimamente, sem concreta razão, tenho apenas trocado passos.
Talvez tenha eu errado em deixar o coração entregue; mediante a bifurcação, trilhar a estrada incerta. Mas já não me cabia escolha.
Atei minhas mãos as tuas e deixei que me guiasse.Sentia-me segura e feliz. O percorrer tornara-se mais belo e tudo avivava cor. Viajava em ti e deliravas em mim também.
Estranhamente passei a te sentir distante, seu corpo já não mais tão plugado ao meu. Desculpas que se faziam constantes e a ausência que nos tirava o brilho. Teus dedos eu vi os meus deixar.
Oh, doce anjo! Das lindas cores que ainda permaneciam, apenas restou penumbra. E mesmo ali, perante meus olhos, pude ver-te transformar-se em precipício. Com cautela, aproximando-me de tua ferida mais funda, minha voz ecoou teu nome, mas você parecia não me ouvir. Perdida na mórbida solidão e na confusão de momento, não sabia como agir.
Resolvi sentar-me à beira deste precipício e jogar-lhe pedrinhas, gritar por ti a espera de uma positiva reação. Conversava sozinha contigo, e sonhava momentos que nem mesmo chegaram a acontecer.Você me continuava inerte. Por quê? Questiono-te lindo arcanjo.  Teria tudo  se transformado em pó?
Quase que sem vida, cheguei a ouvir sussurros que me fizeram mais uma vez acreditar.Ilusão! Novamente algo passageiro, e eu estocada aqui. Por muito tempo fiquei;sorri,chorei. Te requisitei, e nada de você. Mas a vida deve mesmo ser assim; o vinho da “ Terra do Nunca “ deve lhe ter mais sabor.
Encontro-me olhando-te penhasco abaixo, e por última hora te procuro. Anjo, tuas asas não voltaram à mim! Deves estar bem desejando outros corpos, ou não, é uma possibilidade.
Até este dia estive te esperando por aqui, sentada nestas pedras, aguardando um grito seu. Porém hoje, levanto-me daqui,  viro as costas a ti para seguir outra estrada:  A minha, vida minha!
A cada passo que dou estou mais distante. Mais longe do precipício que me prendia há pouco. Não lhe pedirei que não grites mais por mim, nem  lhe proibirei que isto o faça, só não deixarei por este chão, a certeza de ouvir-te milhas para lá,  nem mesmo  a falsa promessa de olhar para trás, nem tão pouco a injúria de voltar e lhe atender.